Um dos ensinamentos budistas nos diz que aprender a viver é aprender a se desapegar.
Desapegar. Caminho para a santificação, o desapego.
Por isso extremamente difícil para nós humanos de todos os séculos.
Desapegar-se dos nossos, dos bens, de nós mesmo.
Exercício pouco exercido.
Mas, possível.
Possível em quase tudo.
Exclua-se rapidamente, determinantemente a paixão pelo futebol.
Juramos abandonar, prometemos não ir mais ao estádio, não falar mais sobre esse assunto. Vamos desapegar. Mentira! Mentira não por ser mentiroso o torcedor, mentira porque é impossível.
O torcedor ama vencer. Mas acredita, erroneamente, que se apega as vitórias.
Nas vitórias ele relaxa, goza e dorme.
O torcedor não consegue se desapegar é nas derrotas. É nelas que enraíza sua paixão.
Porque nada é mais forte em nós humanos, do que a luta pela sobrevivência e o sentimento da esperança. Eles nos mantém acordados.
Nas derrotas e nas quedas a raiz que se encravou no peito daquele que torce, é adubada por um Deus arrebatador. Que não nos permite desistir, abstrair, fugir.
Aqui somos expulsos do paraíso. Deus nos exige consciência alerta. Acordados .
Acordados porque fora do paraíso é preciso trabalhar. Voltar a vencer. Relaxar, gozar e dormir.
Desapegar. Torcedor não conjuga esse verbo. Aqui nunca aprendemos a viver.
5 comentários:
Eu, como bom torcedor, não sou apegado. Sou encrustado ao Avaí.
Torcedor realmente não desapega ao seu clube.
Mas os números não mentem,nossa média de público diz tudo e os motivos são bem óbvios.
O torcedor está cansando de ser o João Bobo dessa história.
Abraços!
Para, Seu Cunha. Todo mundo já sabe disso. Acho que temos que começar a ir e que se danem as circunstâncias.
Como já disse a Vanderléia ternurinha da jovem guarda:
"Por favor pare agora. Sr. Juiz pare agora".
Hahaha! Fabulosa!
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