De acordo com os caras da mídia esportiva Florianopolitana,
esse ano a final do catarinense é definida em uma só palavra: - Justiça.
Os Batman’s e Robin’s
cavaleiros da justiça, resolveram explicar os resultados, depois dos jogos
jogados, através de um contrato social que encaminha e ensina o caminho da justiça.
Que coisa mais fora de propósito e chata.
Querem pedir justiça escrever e falar dela, e comemorar quando ela prevalece?
Saiam imediatamente da crônica esportiva.
Ora, futebol é momento, é bola na rede, é
paixão, futebol é o Futebol de Nelson Rodrigues.
Nele o imponderável é o seu Senhor. E é esse
senhor, o senhor das paixões que sem justiça nenhuma vence os favoritos,
derrota o melhor time do mundo, fere com gols espíritas, desloca milimetricamente o chute na direção da trave, faz a rede balançar com chutes bisonho, escolhes ídolos num jogo e os crucifica em outro, e
derruba técnicos em menos de 90 minutos.
Aqui, nesse jogo, nem Deus se permite a pretensão de dizer quem foi longe demais.
Porque como já profetizou o poeta: - "O longe é um lugar que não existe. Graças a Deus."
Justa. Assim definem as finas do catarinense.
Eu vós digo, homens de pouca fé na paixão:
- Por um erro sem nome por um descuido
do deus da bola, permitindo que a justiça se fizesse presente esse ano nas
finais escolhendo racionalmente (e sendo assim com justiça nela está o campeão do
turno e do returno), é que essa decisão passa longe da única cidade onde a paixão
ardente e paradoxalmente rival (tanto quanto a dos Montéquios e Capuletos),
existe.
Nossos cavaleiros da justiça foram desmascarados ao ‘desromancear’ a paixão nacional.
Suas caras estão visíveis e Romeu e Julieta não vão se matar.
Eta roteiro sem graça!
Não é mesmo, clássica Verona shakesperiana Floripa?
(Acho que andei delirando. Depois do jogo na Ressacada ouvi muitos 'cavaleiros' dizendo que Avaí e Criciúma era uma final 'antecipada')