domingo, 29 de abril de 2018

Com juventude, a vitória foi nossa!

Foto: Arthur Dallegrave/E.C.Juventude

Geninho em uma semana de treino mudou a postura do Avaí em campo.
Jogando com três zagueiros deu liberdade para as subidas ao ataque com qualidade do lateral Guga e do seu parceiro na ala: Renato.
Se na meia cancha faltou um homem de qualidade no passe, não faltou disposição para Pedro Castro, correu o jogo todo marcando bem os adversários; e Judson, que carregava o piano sozinho quando Luan jogava ao seu lado, não ficou sobrecarregado.
No ataque o aniversariante Romulo voltou a balançar a rede, empatando o jogo, numa jogada de linha de fundo do lateral Guga que teve o desvio de cabeça do Rodrigão. Rodrigão me agradou na movimentação e com seus bons passes, merecia ter marcando gol nessa partida.  
Renato novamente bem em campo. A ala com ele e Guga foi por onde o Avaí teve mais qualidade no ataque. Renato marcou o segundo em cruzamento do Capa, que novamente contou com o desvio do atacante Rodrigão. Renato ainda marcou o terceiro num contra ataque.
O Juventude não teve força para segurar o bom jogo Avaiano e ainda teve seu goleiro expulso tendo que colocar um zagueiro no gol. Mas o jogo já estava 3 x 1 para o Avaí e o nosso time abdicou de atacar.
Uma boa estréia do Geninho. 
A zaga Avaiana falhou no gol do Juventude, mas no decorrer da partida soube se postar melhor em campo. 
Senti falta de uma meia cancha mais criativa. Se Geninho conseguir dar mais essa qualidade ao time, com os jogadores atuais do elenco, vamos disputar com mais chances uma das vagas para o acesso.
Fazia tempo que eu não via o Avaí com uma postura ofensiva como vi hoje. Claudinei pecou muito em manter o o Avaí enterrado em todos os jogos e em não tentar mudar o esquema que ele implantou em 2016.

quarta-feira, 11 de abril de 2018

Garfados, mas não derrotados!



Avaí com menos de 5 minutos de jogo, foi garfado em plena Ressacada.
Um gol legal do Rômulo anulado em erro rude do árbitro.
Um primeiro tempo de jogo igual, mas com o Goias cometendo muitos faltas, terminou em zero a zero. 
No segundo tempo, o Goias voltou melhor, e numa bola cruzada pelo lado do fraco João Paulo, Maurinho foi empurrado e optou por ficar no chão dando condições ao atacante do Goiás que marcou o primeiro da partida contando com falha do goleiro Aranha.
Claudinei já havia substituído Moritz, Renato (voltou bem) e Beltran por Marquinhos, Maurinho e Rodrigão.
O Avai foi pra cima do Goias e numa bela jogada do Rômulo, após bela defesa do goleiro de uma cabeçada do Rodrigo, Rômulo o artilheiro da Copa do Brasil, empatou o jogo.
Na sequência, novamente bola cruzada pelo lado do João Paulo (péssima partida), a bola resvala na cabeça do Alemão após chute do atacante do Goias, a bola sobra para o Fiçosa que sem marcado, coloca o Goias na frente novamente aos 45 minutos.
Mas o Avai não desistiu. Num cruzamento do Guga para área, Rômulo (um lutador sempre), ajeita a redonda para a cabeça do Rodrigão, que empata o jogo aos 47 minutos.
A dupla R&R funcionou, mas o nosso time foi garfado na nossa casa.
Vamos pra Goiás com muitas chances de classificação.

segunda-feira, 2 de abril de 2018

Perdoai-vos, eles não sabem o que fazem. Por Rafael Xavier

Foto: Avai FC

Em um domingo de Páscoa, que simboliza a ressurreição, o que se viu no Estádio da Ressacada esteve mais para missa de sétimo dia. Tristeza, melancolia, a ferida ainda aberta e a certeza do fim. Não estou falando do empate em 2 x 2 com a Chapecoense que selou o fim do Campeonato Catarinense para o Avaí num moribundo sexto lugar. Mas de uma das diversas despedidas que Marquinhos fará em 2018, já anunciado como último ano de sua carreira.

1400 presentes para o último jogo do M10 pelo Campeonato Catarinense. O horário era bom, o clima também, havia cerveja no estádio e, se não valia nada em termos de competição, valia ver o Galego. Não só vê-lo, mas dividir com ele esses momentos dentro de campo que estão próximos de serem os últimos.

A frase “Marquinhos é um torcedor dentro de campo” não é da boca pra fora. É uma verdade e com ela carrega o significado de entendermos que, como torcedores, somos seus colegas nessa missão de levar o azul e branco no coração e na alma. O fato é que hoje Marquinhos olhou para a arquibancada e se sentiu só.

“A” despedida será ao final do ano. Mas o torcedor e o clube devem entender que até lá serão várias despedidas. O último gol, o último gol de falta, a última assistência, o último créu no Clássico, o último jogo na Ressacada, enfim, vários momentos para dizer um até logo ao galego e saudá-lo pela bela carreira com o manto avaiano. Com seus erros e acertos, Marquinhos está no Olimpo Azul e é nosso dever como torcida estender-lhe a mão para subir aos céus da mitologia avaiana. E é dever da Diretoria tratar de dar condições para isso.

E hoje foi um desses dias. Com a condição física cada vez mais delicada, esse último ato do M10 com a camisa azurra pode estar no próximo pique de 20 metros, na próxima dividida. Uma lesão um pouco mais grave e o fim da linha pode vir a qualquer momento. Você, que bate no peito pra dizer “nós temos ídolo” tem que estar lá quando isso acontecer.

Uma pena nem o clube se ligar disso. Para quem o usa em memes, campanhas, provocações e para ser escudo de cagadas homéricas da diretoria, faltou sensibilidade para tratar o jogo de hoje dessa forma. Pouco importava o resultado, a situação permitia esquecer a competitividade e a tabela. Quando o fim de fato chegar pode ser que não dê para fazer isso. Pode ser que, por mais frio que pareça, o Avaí tenha que pensar no resultado e no próximo ano. Hoje não. Era tarde dele e o Avaí tratou como um jogo qualquer. Não houve chamada especial ou promoção da partida como um ode ao Galego.

Os recursos estão escassos e a chance de Marquinhos encerrar a carreira em dezembro com um título são muito baixas. O acesso é uma incógnita, o clube não tem feito muitos esforços para conseguir isso e o rendimento no Estadual não foi dos mais animadores. Contudo, nós, fanboys ou haters, podemos fazer deste ano motivo de orgulho para o Avaí e de reconhecimento ao Marquinhos. E para isso acontecer o dever é jogo a jogo. O próximo pode ser tarde demais.

Por Rafael Xavier