'Apaixonadamente':
Assim descrevo a linha textual desse blog em seu perfil.
E é exatamente movida totalmente pela paixão que escrevo o texto de hoje.
Se a paixão não fala alto nas horas tristes, nos momentos de melancolia em anos de vergonha, vai falar alto quando? Quando tudo está bem?
A lanterna na popa tem iluminado somente o ano passado e o recente ano 'novo'.
Pouco! A luz dirigida para o passado precisa iluminar mais longe.
Ir além daquilo que 2014 trouxe a tona e rasgou popa e proa da nau Avaiana.
O declínio do 'Titanic' de casco 2009 não tem seu início tão recente.
Num folego curto, entre 2008 e 2009, o Avaí veio a tona para respirar entre os grandes.
Sucumbiu sem folego puxado pelo redomoinho das vaidades, pelo distanciamento do seu torcedor.
O grande pulmão que respirou impávido acabou dominado por mãos e olhos enormes.
Antes do folego de dois anos vinha respirando por 'aparelhos' e se locomovendo com próteses, sem parar de sentir tonturas, sem deixar de cambalear.
Perdido em sua própria casa (vazia), deu poder a desconhecidos ao ser vencido por gritos de um poder ditatorial financeiro, que enquanto nos balancetes consta tudo que colocou pela porta da frente omitia, com a anuência deliberativa de surdos cegos e mudos senhores, o que nos foi tirado pela porta dos fundos.
Ficar focado na vergonha das derrotas de 2013 e na pífia campanha do estadual desse ano; mirar no elenco e atirar contra alguns jogadores é continuar dando anuência velada a tudo e todos que nos impediram, de com o folego bienal, continuar respirando a glória do encontro que estava marcado desde a nossa fundação.
O Avaí é uma nau sem comando com uma lanterna na popa que ilumina pouco, e uma lanterna na proa completamente apagada.
A paixão da apaixonada berra que não dá pra esquecer o seu belo passado, mas a garra do Avaiano sabe que o futuro passa pelo dia de hoje e que o encontro continua marcado.
Apaixonado é esse texto.
Cegamente apaixonado.
Não vai ecoar, não vai alcançar nada além do coração dos cegamente apaixonados.