Meu pai sempre foi aos jogos no Adolfo Konder, me levou poucas vezes, além de eu ser muito novinha ele era desses homens que filha mulher deve evitar alguns lugares, confesso que me frustrava, mas na época era o pensamento dele. Um pouco antes da inauguração da Ressacada meu pai chegou em casa com duas carteiras de sócios, um pra ele e outra pra mim. Nossa, com que alegria eu segurei aquela carteirinha que me permitia a partir daquele momento, ser uma verdadeira Avaiana.
No jogo de inauguração meu pai não pode ir, ele já estava um pouco doente então fui sozinha, arrumei uma carona com o vizinho e pela primeira vez na minha vida fui a um jogo do Avaí como sócia, como uma Avaiana de carteirinha. Depois desse jogo acredito que dá pra contar nos dedos os jogos que faltei. Paixão sem remédio pelo meu Clube, pela nossa torcida, pelo time de meu pai. Fomos alguns jogos juntos e em todos eles saiamos abraços da Ressacada, aprendi a ver os jogos com um goleiro ao meu lado, ponderado, respeitando seu time e seu adversário, um incentivador nato que nunca xingou os que vestiam a nossa camisa em campo.
Ser sócio do Avaí é se deixar apaixonar; é o sinal da fidelidade, essa pequena carteirinha é o símbolo maior da nossa história futebolística, com ela nas mãos podemos falar com o Clube e sobre o Clube, somos sócios e sendo sócios á história do Avaí está em nossas mãos. Faz o teste, segura na mão uma carteirinha de sócio do Avaí com o teu nome, a mudança é mágica, é transcendental, ela vai percorrer teu sangue, tua pele, tua alma e descobrirás no mesmo instante que o teu DNA é azul, é sim DNAzul.
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