Celeiro

Futebol dentro de campo é o reflexo do futebol fora de campo.

Mais eficiência fora de campo é urgente para o nosso Clube.

Existe um hiato entre o Avaí das bases e o profissional.

Esse hiato se cria e se amplia todos os anos porque o trabalho bem feito nas categorias de base não é elevado, não acende e, portanto não chega ao departamento de futebol profissional.

Os vitoriosos da base saem do Clube antes mesmo de disputar um jogo se quer pelo profissional.

O Clube investe nessa categoria, mas quem colhe seus frutos?

Os técnicos que garimpam, formam e ensinam simplesmente não são ouvidos e toda a sua sabedoria que transforma um atleta das bases num jogador profissional, serve tão somente para os que vão lucrar com a venda e muitos que poderiam ser indicados por esses profissionais  se perdem dentro do próprio Clube por falta de chance.

Gerentes e técnicos em sua 'dança das cadeiras' viciante no futebol brasileiro trazem jogadores carimbados e lotam os Clubes com seus “preferidos”.

E vão empobrecendo os Clubes brasileiros.

A ‘ponte’ entre categorias de base e profissional deve estar sempre aberta; a voz a ser ouvida antes de cada montagem de um elenco profissional, deve ser a dos profissionais que trabalham na base e os jogadores dessas categorias devem necessariamente ter seus direitos de venda vinculados ao Clube.

Acredito que Rene Simões se realmente vier e se realmente o deixarem trabalhar fazendo essa ponte se abrir, o nosso Clube pode começar a se estruturar seriamente e, com seus valores da base, caminhar no futuro com suas próprias pernas.

Celeiro.

Mas um celeiro que alimente primeiro o Clube.

Clubes como o nosso Avaí precisam se estruturar fortemente a partir das categorias de bases. 

Enquanto apostarmos na escolha e na decisão dos que chegam como gerentes e técnicos que vem para o Clube cumprir seus contratos e colocar na vitrine mais do mesmo no elenco profissional, jamais teremos um futuro diferente desse que se vê no presente.