terça-feira, 26 de abril de 2016

Entrevista do Presidente do Avaí ao DC

Confira os principais pontos da entrevista do DC com o Presidente Francisco Battistotti

Quais foram as primeiras atitudes como presidente?
A primeira semana foi de reestruturação. Depois da saída do Nilton (Macedo Machado) chamei a diretoria de futebol e marquei uma reunião na minha casa. Assim, comecei a montar e fazer contatos com parceiros.

Como funcionará o relacionamento com os empresários?
Eu sempre disse que o Avaí não é de um parceiro, mas sim dos parceiros que querem ajudar o clube. Os empresários estão no futebol para ganhar dinheiro. Conversei com o (Eduardo) Uram, com a Proxy Sports, com o Jorge Machado, entre outros, que o Avaí terá que ter uma parte nos lucros dos jogadores que aqui estiverem. Temos três atletas acertados, mas ainda não podemos revelar os nomes. Tínhamos mais dois do Audax (time de São Paulo), mas com a chegada deles na decisão do Paulista o valor ficou fora do nosso alcance.

Onde o senhor tem encontrado força e coração para lidar com as ameaças que têm recebido?
No amor pelo Avaí. Eu sou de origem italiana e alemã, não sou de desistir. Minha esposa pediu para sair, mas não posso. Eu não sou o patinho feio que pintam. Vou assumir para mostrar que não sou o que estão pintando. Essas ameaças não vão me colocar longe do clube. Começamos a reestruturação administrativa e vamos montar um bom time. Meu amor pelo Avaí é muito grande, vou mostrar o que é possível.

Era um sonho do senhor ser presidente do Avaí?
Isso aconteceu, nunca pensei em ser presidente. Não imaginava. Houve uma reunião antes do Nilton renunciar onde eu disse que deixaria o clube junto com ele se houvesse uma pessoa para assumir e com um projeto. O presidente do conselho (Alessandro Abreu) disse que chamaria uma eleição, mas que não havia um nome. Então disse: ¿Não vou renunciar, como posso sair sem ter alguém?¿. Deixaria o clube nas mãos de quem? Não havia. Minha função como vice era assumir e comandar a reestruturação. Eu passo de oito a 10 horas por dia no clube, estou presente e quero ajudar.

Resumo da reestruturação estratégica/Alguns dos planos de Battistotti para a gestão do clube azurra:

Busca de parcerias e patrocínios
Conseguir o acesso à Série A
Redução de custos através da revisão dos processos
Revisão da estratégia das categorias de base
Redefinir a estrutura organizacional do clube com um novo organograma, readequando ele ao novo estatuto do clube
Evitar decisões de forma unilateral, ouvir os demais integrantes do corpo diretivo
Estar presente diariamente no clube e sempre disponível para conversar
Tomar decisões respeitando o sistema hierárquico da estrutura organizacional, sem privilégio e influências externas
Não contratar, programar atividades ou projetos sem observar a programação orçamentária do clube
Fortalecer e valorizar a estrutura da coordenação de saúde esportiva do clube
Fazer cumprir o plano de carreira, cargos e salários do clube
Recuperar o dinamismo dos recursos humanos de todos os setores do clube


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