E o domingo de páscoa não foi doce para o Leão.
Começamos a semana do Clássico tendo que digerir uma derrota
que poderia ser considerada normal, mas como ninguém é bobo, sabemos que fomos
derrotados num jogo onde o adversário em momento algum mostrou ser qualificado
para nos vencer por 3 a 0. E isso é preocupante!
Vamos ter que digerir tudo rapidinho nessa segunda mesmo.
É um dogma, torcida Avaiana.
Não podemos ficar ruminando.
Domingo tem clássico e se tem algo que não muda de domingo
passado para o próximo e não vai mudar nunca somos nós, os torcedores. Nós continuamos
apaixonados. Nós continuamos querendo vencer o clássico.
O futebol é o jogo que nos permite acreditar sempre.
Ele não é ópio. Ele é religião.
A fé aqui não move montanhas, mas em apenas noventa minutos
transforma um simples mortal em herói; um controverso jogador em craque; um
questionado atacante em unanimidade; um defensor sem qualidade em goleador.
A paixão no futebol nos torna discípulos que acreditam que a glória passa por nós, mas no fundo da alma sabemos que a Bola escolhe, cria e escreve a seu bel prazer a história da nossa religião.
E nos clássicos Ela faz isso com liberdade despudorada.
A Deusa rechonchuda desejada é uma Geni sem zeppelin.
Aqui ela se torna uma insensível brincalhona.
Nada de salvar os habitantes da cidade.
Sem limites, sem preconceito, sem sentido, sem
noção.
Ela escolhe por escolher o homem dela. O cara do jogo.
Que se danem os craques, os ídolos, os preferidos da torcida.
Nem sempre a escolha recai sobre eles.
A Deusa desejada pode escolher aquele que repudiamos, vaiamos, xingamos.
A nós, simples e sempre complexos crentes, cabe saber
conversar com ela durante esses dias que antecedem ao Clássico.
Rezar para Ela. Rezar
por Ela. Rezar que Ela escolha um dos nossos 'mancos'.
- Oh Deusa da minha paixão...
Nenhum comentário:
Postar um comentário