Bendita parada!
Não sou e não vou ser alarmista, sou apaixonada por futebol, pela beleza que esse esporte desenha nos gramados do mundo todo.
Sei que a derrota faz parte e sempre soube absorver o resultado negativo. O que não vou me acostumar ou me calar, é que num jogo onde é possível detectar as peças que funcionam em cada espaço a ser ocupado em campo; a função de cada posição e o esquema a ser montado com o material humano que compõe um elenco, que esse jogo, seja mal jogado por tantas rodadas consecutivas, é com isso que não vou me acostumar nunca.
Se faltam peças é justificado o erro, não é o caso avaiano. O problema é que as peças de Chamusca estão sendo escaladas e colocadas erroneamente em campo. Se o gramado é ruim o passe pode ser mal feito, mas esse não é motivo da quantidade de passes errados do Avaí. Nosso meio de campo está despovoado, limitado e portanto sem criatividade alguma e esse erro, juntamente com a falta de jogada pelas alas, tem nos custado esses resultados negativos dos últimos jogos.
Me parece que Chamusca está ouvindo muito gente. Isso não é bom. As vezes tenho a impressão de que Chamusca ainda está imaturo, que não consegue ter o seu time, o seu esquema, as suas convicções. Se essa impressão for verdadeira, ele jamais se tornará um grande técnico. O técnico precisa ousar saber, precisa ter seus titulares.
A grande qualidade do Silas é que não se deixou intimidar, não se permitiu diminuir, ele tinha seu time e quando achou o esquema correto, apostou nele e colocou seu grupo em função do que era melhor para o seu Clube, o Avaí.
Personalidade que faz parte dos técnicos vencedores.
Dunga pode vir derrotado da África, mas levou na pagagem suas convicções e o seu time. Responsável, essa é a palavra que define um comandante no futebol. Ele perde, o time ganha. Mas ele sabe que nesse jogo, o time precisa ter a sua cara e é assim, que ele estará se valorizando.
Depois da Copa, quero e espero ver qual é a cara do time do Chamusca.